domingo, 1 de setembro de 2013

Ar - Linda

Não conseguia dormir e vim olhar o céu.
No vidro da porta desta sacada, um farol reluzia, trazendo à tona sentimentos que bloqueava dentro de mim.
Egoísmo meu olhar fotos tão recentes e desejar-te tão viva quanto na minha memória e coração.
Agosto a Agosto passarão amargos, talvez azedos, por não mais terém teu, tão sonhado, sorvetão de reuniões familiares.
Uma voz aguda que traz esperança.
Firmeza que segura toneladas, sem pesar.
Se um dia a vi chorar, nunca foi por falha ou arrependimento. 
Fortaleza sempre foi teu primeiro mandamento.
O último não havia limites.
Se te achavam fria, te entendo...por mais que quisesse, abraçar o mundo jamais seria a solução.
Sei que nunca negaria o que estivesse em suas mãos.
Segurar quem omite forças para lutar, nunca trará paz.
O que fez, está feito.
Sou eternamente grata por ensinar o que é amar sem querer gratidão.
O valor não sou eu quem dou.
No fim, o que resta é quem me amou.
Não quero nada em troca.
Quero que aceitem que, se trato com flores, não é por falsidade...mas por que me ensinaram que TODOS merecem o melhor de mim.

Créditos à Senhora Arlinda de Almeida Rodrigues Alves ...ou Vó Linda. 
Literalmente Linda.