segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Coincidências do Destino

Chegando do trabalho, ouvi na rádio um reggae que chamava de Pérola do Sol aquele suposto 'amor'.
Ao pesquisar a canção, encontrei algo que tocou mais. 
O -A's- existente na letra me encantou.
Cifrei mais uma vez uma música que descompassou meu coração e trouxe alegria à minha voz temporariamente rouca ao cantar.
Desci.
Reencontro.
Subi.
Me volta no tempo?
Sentei no sofá e, impressionantemente, alguém que nem me conhece, me deixa um texto de Fernando Pessoa que se fez realidade no meu viver.

'Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.'

Quero uma mudança pessoal. Uma mudança rotineira. Mas não espere de mim uma mudança sentimental, pois gosto de sentir.
Isso, para mim, é viver.

Quero fugir.
Pra onde a marola aos 20 metros de distância do raso, me elevem até sentir o flutuar e retornar meus pés nas areias molhadas do mar.
Sei que posso ser um sonho bom.
Sei que posso ser o teu melhor despertar.

Sei que posso me fazer feliz.
Iluminar.
Olhar no espelho e valorizar o raio de sol existente no meu reflexo.

Não há tempo a perder.
Não há o que esperar.


domingo, 23 de janeiro de 2011

Desnecessário.

Venho tentando expor meu raciocínio em relação à uma palavra a qual tenho usado com muita frequência.
Muita frequência.
Pessoas que te conhecem. Fingem que não te conhecem. Você às interessa de forma material. Elas se aproximam.
Escrevi pensando numa pessoa em particular, mas não posso me limitar a apenas isso.
Não.
A atitude das pessoas me choca. Me transtorna.
Hoje talvez, tenha conseguido me enxergar da forma como eu via diversas pessoas ao viver uma outra realidade.
Me entristeci ao perceber que a visão alheia é tão nulamente diversificada que nos dá uma aparência uniforme, sem interessar o que vem por trás de tantas misturas de cores na maquiagem do meu olhar.
Quando passo a pensar naqueles que estão ao meu lado, ouço frases fortes que me trazem auto-confiança. Inflam o ego.
Pensando em mim, me deparo com alguem em mutação. Hora isso, hora aquilo. Existem coisas que não são boas como parecem e preciso aprender a me manter nessa realidade.
O vermelho veludo, eu sempre soube, uma hora me traria contradições.
O assobio dos passarinhos não são mais ouvidos como os violinos dos concertos de Yanni.
O nascer do sol não serve de incentivo ao prazer de sentir arder na pele.
Vejo que as sensações vividas intensamente de uma só vez, não são eternas e jamais vão compensar a simplicidade existente na natureza.
Perdemos muito tempo pensando no que fazer para ser feliz.
Ouça o canto dos passarinhos na janela e sinta o sol te fazer suar.
Se isso não te fizer feliz, por favor. Pense.
Estou fazendo isso.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Desatino Qualquer

Acabo de me lembrar da manhã em que acordei, desci até a cozinha.
Encontrei minha mãe fazendo café e disse (sem nem desejar um bom dia, como de costume) :
- Mãe, tive um sonho onde descobri que o que vivemos é um sonho. Nossa vida real se encontra quando morremos...você sabia disso? Isso é verdade!!! :D :D :D'
Eu tinha só 8 anos...meu irmão nem era nascido, por isso sei. A reação dela foi ficar em choque. Acho justo.
Cheguei nessa lembrança por que fui 'diagnosticada' como alguem que gosta de pessoas. É! De pessoas.
Eu sempre quis deixar isso claro, mas as pessoas me achavam sem nexo ao dizer.
Sempre achei lindo a capacidade que cada um tem de deixar sua singularidade em mim.
Quero me deixar como um sonho bom à cada um que conheço.

Estive entre pessoas que me trazem boas energias e que me querem como sou.

Mostro minhas músicas mais exóticas e sei que gostam delas por gostarem de mim.

Me sinto em paz.
Boa noite.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O que te faz pensar?

A mandala de cor predominantemente azul pendurada no teto da minha sala gira para a esquerda e me mostra seu brilho amarelado da estrela de nove pontas no interior.
O vento bate, fazendo girar para a direita e ficando de frente à mim.
Pesquisei sobre suas cores. É uma mandala sem grandes definições, creio eu. Vejo azul, azul anil, amarelo, rosa, laranja e verde.
Fiz a liga entre essa mandala e a sociedade que temos ao redor.

'O azul claro associado ao vermelho indica uma postura um tanto fria e calculista perante aos relacionamentos afetivos. O azul claro associado ao laranja indica uma certa frieza afetiva. O azul claro associado ao amarelo indica unidade entre os aspectos  femininos e masculinos, integrando o self.
O azul claro associado ao verde indica pessoas que não conseguem responder ao amor e evita novos relacionamentos. O azul claro associado ao azul anil mostram habilidades dos curadores, que usam a voz para cura, hipnoterapeutas.'
Certo. Onde está o Rosa nisso tudo? 
Por fim, senti essa mandala um tanto quanto individualista.
Sociedade. O que esperar de você? Tão fria, tão inconsequente, tão imprevisível...
Olho a TV sem som à minha frente. Propagandas e novelas mostrando uma realidade desconhecida para tantos.
Li uma frase hoje que me espantou.
'A felicidade é a única coisa que podemos dar sem possuir.' Voltaire
Sim. Voltaire. Um pseudônimo de François-Marie Arouet. Além de muitas outras coisas, foi um escritor e filósofo sensacional nos anos de mil setecentos e setenta e alguma coisa...defendia liberdades e liberdades...e quando li essa frase, desacreditei. Como pode ser dele? Como alguem tão pensante, pensa em algo tão sem nexo? Pode até ter nexo para muitos, mas penso que o ser humano não seja capaz de fazer alguem totalmente feliz quando não  está feliz sendo o que é.
De repente, começo a ouvir 'Champagne Supernova' do Oasis. 
How many special people change?
How many lives are living strange?
Não mais me iludo achando que o mundo poderá gostar de mim. Queria poder gostar do mundo. Mas como, se o mundo faz questão de desafinar ao meu encontro tantas vezes?




domingo, 16 de janeiro de 2011

Necessária Solidão.

Me dei ao desfrute essa noite de sentar no meu bar preferido e tomar minha cerveja mais forte.
Precisava estar só.
Olho as árvores lá fora, banhadas pela chuva que as queria derrubar. Não. Elas se mantiveram intactas, verdes, fortes e alegres.
Ouço músicas que variam entre Beatles, The Ting Tings e com o passar da melodia, elas vão se acelerando, pegando formas e tranformando a brisa leve em algo como sábado.
As pessoas passam, olham. Isso não me afeta.
Descobri que não preciso de pessoas para ser feliz. Não presencialmente. Preciso da minha framboesa com cereja, mas pode estar longe, desde que esteja ao meu lado no pensamento.
Não mais me limito a achar que felicidade é loucura e pessoas 'x'.
Algo que me deixou feliz foi receber uma mensagem de que a Manu perguntou por mim várias vezes.
Quem é Manu?
É a minha pequena. Aquela que considero minha sobrinha. Minha afilhada.
Sou a tia que mima. Que cuida e sempre trocou suas fraldas.
Que ela não leia esse texto quando estiver na adolescência. Sei que perderei pontos por falar das fraldas!
Dei à ela um livro que falava do menino Sorriso e a bicicleta chamada Liberdade. O livro, porém, foi jogado fora...mas não tem problema, minha menina!
Você vai conhecer o valor da sua liberdade e do teu sorriso com o tempo.

Aahh, a liberdade...algo que se estiver fora do controle, não é nada saudável...
Sem limites, não há sorrisos.
Estou me sentindo como Fernando Pessoa.
Achava absurdo a forma como se tornou o personagem de Alberto Caeiro: pensar é estar longe dos olhos.
É. Ainda acho ridículo.
Não me doava ao prazer do pensar até a última noite. Percebi que me mantenho crítica.
Gosto de pessoas, de arrancar ao máximo tudo o que houver de positivo em cada uma delas.
O que me preocupa é a discrepância a qual existe entre a minha vida e a delas.
O interesse medíocre em você, por determinados momentos, tornam o próximo, alguém sem sabor, sem sorriso.
Interesse. Não deveria ser algo positivo toda a vida...mas para muitos, só tenho que lamentar.
Até que pessoas boas continuem ao meu lado, não se preocupe. Vou dormir. Mas sonhando para que aquela manhã de 'dormir junto' não acabe tão cedo ..sabe? :)
É. Sonhando em ter aquela que me completa de volta.
O mundo não me dá medo.
Mas me impressiona.
Nem sempre positivamente.

Palpitações.

Estou me perdendo entre notas que adaptei à uma música com teu nome.
Letras de Chico Buarque e Leoni me fazem querer cantar...te transformo num verbo meu para acordar e sentir minha solidão retocada de carinho e sentimento.
Vejo que vou na direção oposta de lástimas e águas que tentam rolar pelo meu rosto ao sentir tua ausência no meu sofá...
Respiro uma mistura de aromas que mesclam cereja e framboesa. Sim. Isso me traz alegria.
Me adaptei às suas formas como se nosso mundo fosse lapidado entre diamantes.
Diamantes: normalmente em formas octaédricas(8 faces) ou hexaquisoctaédricas(48 faces). Quase um 8 ou 80. 8, 48, 84, meus números preferidos.
Os de cor escura são de menor valor e digo que, maior clareza que possui nosso diamante, não há mais onde procurar...
A realidade é que os diamantes não são eternos como se pensa. O carbono definha com o tempo, mas não se preocupe. Todo e qualquer diamante, dura mais que qualquer ser humano.
Lapidado numa manhã de sol, vejo olhos verde musgo e amendoados.
Sinto um abraço com cheiro de frutas, lambrusco e chocolate de avelã.
O 'tudo aos poucos' foi rápido demais...demais pra me dar conta que eu poderia me encontrar.
Um equilíbrio, uma leveza, uma sintonia que só gaita e violino numa única música conseguem compreender.
É algo do tipo Blues e Rock and Roll. Mas garanto. É um cinema.
Batom rosa, batom vermelho...pesquisei sobre essas misturas e me surpreendi. Não existe uma cor formada.
Vermelho com branco, torna rosa. Me descobri assim. Alguem sem cor. Até encontrar na minha tabela, a minha mistura real.
Mas não me veja como alguem vazia. Não! A cor branca é formada através das sete cores do arco-íris. Lentes convergente e divergentes. Eram muitas cores, muitos devaneios...contradições, perturbações. Até encontrar minha paz que mesclada, me trouxe a calma cor-de-rosa.
E sabe? O interessante do diamante é que suas cores podem ser fluorescentes sob a luz ultravioleta [nunca lilás!], transformando cores como teu azul anil, meu rosa, o amarelo do sol e o verde...minha tão amada cor.
Finalizando, digo que diamantes são resistentes. Tão resistentes que nenhum material ou substância pode riscá-lo, senão o próprio diamante.
As sombras se fizeram cores e, sim. Quero me prender no teu quintal.

Tudo novo de novo.

Darei início à este Blog com algo escrito no dia anterior.
Há tempos não tinha coragem de pensar. Refletir. Sentir.
Às vezes dói...
Mas me foi relaxante...
Compartilharei meus momentos apaixonantes, de angústia, frustrantes...o que preciso for para me sentir melhor.
Me descobri assim. E assim quero me mostrar.